segunda-feira, 2 de julho de 2012

Critica

Positivismo:

Augusto Comte foi um filósofo e sociólogo francês, que nasceu e morreu na França, em 1798 e em 1857, respectivamente. Sua principal linha filosófica deixa-me intrigado e, ao redor do meu limitado conhecimento, denomino-a uma teoria vazia e que superestima a humanidade. Vazia, pois tendo em vista a complexidade e diversidade humana seria um tanto quanto difícil prestigiar, verdadeira e exclusivamente, os três estágios concretos de sua filosofia (teológico, metafísico e positivo). Superestima a humanidade, pois requer que os próprios seres humanos sejam cultuados, ao redor de sua fantasiosa perfeição em caracterizar os fatos sociais, ao invés de um ser maior.
Talvez Augusto Comte não imaginasse o caos social que estamos vivendo atualmente. O mundo contempla a regressão da vida terrena, com os mais variados e intensos problemas sociais. Não vale à pena citá-los, apenas refletir sobre os mesmos. A excelência positivista está alicerçada no empirismo, ou seja, na busca de respostas não fantasiosas às variadas indagações sociais. Séculos passaram-se e, pelo “andar da carruagem”, passarão e não acharemos o Oasis do deserto ignorante que nos cerca. De onde viemos? Por que estamos aqui? Pra onde vamos quando nossos corpos perecem?
Se pararmos dez pessoas nas ruas e perguntarmos tais perguntas nos depararemos com dez respostas diferentes. Cada uma com seu fundo verdadeiro e com a essência pessoal e intelectual de cada entrevistado. O saber humano é diverso, e não cabe em um. O positivismo é indiferente nesta perspectiva, visando uma única resposta universal às incessantes perguntas humanas. O caráter que dá perfeição ilimitada ao homem está sendo cada dia corrompido. No decorrer das horas, o mesmo apresenta-se incapaz de imaginar e formular deliberações pertinentes. Com esta certeza, a teoria comteana cai por terra.
Os três estágios positivistas estão sendo vivenciados simultaneamente. O teológico, o metafísico e o positivo estão intrínsecos. Há pessoas que creem num Deus único e criador do universo, outros nem tanto assim. Ao mesmo passe, a ideia de o homem ser auto-suficiente no seu cotidiano é relevante. O mundo vive a teoria positivista, entretanto, apresenta-se inviável para abrigar unicamente um estágio concreto. A aquarela de pensamentos pessoais é gigantesca, e tornar o quadro monótono é impossível.
Definitivamente não cabe ao homem responder certos questionamentos. Somos apenas matéria; o nosso ser pensante é deficiente em muitos aspectos, com predileções imperfeitas e conceitos duvidosos. O lugar de quem responde tais perguntas já está ocupado. A humildade para vislumbrar tal fato é algo alcançável.

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